26/11/2014

Autismo - Distúrbios no Sono de Crianças com Autismo

Noites em Claro!
Quem tem filho sabe muito bem o que é passar algumas noites em claro sem dormir, as voltas com o choro das cólicas ou algum possível desconforto por conta do frio, calor ou até mesmo um pouco de manha do bebê querendo um "Colinho", pois tudo isto é extremamente natural que possa ocorrer nos primeiros meses de vida de vida de nossos filhos. 
Mas quem tem filho com autismo ficará sabendo que muitas vezes isto tende a se prolongar, podendo se tornar uma constante na vida diária. Muitos são os fatores que podem desencadear a insônia em pessoas com autismo. 
Vai aqui uma dica de texto sobre o distúrbios no sono do autista. O texto aborda um temática comum nas famílias que tem filhos com autismo. O estudo mostra a relação insônia X autismo, explorando as possíveis causas destes distúrbio e ensinando algumas técnicas que podemos aplicar para melhorar a qualidade do sono de nossos filhos.
Causas de distúrbios do sono em autismo 
Pode haver várias coisas que causam um distúrbio do sono em crianças com autismo. Sempre verifique com seu médico ou  terapeuta para ajudá-lo a descobrir o que pode estar incomodando o seu filho . Muitas crianças autistas são hipersensíveis a estímulos físicos, tais como luz , ruído ou toque. Eles podem ser oprimido por coisas que as crianças típicas tomam por  certo, como fazer compras em uma loja de público , vendo fogos de artifício, ou até mesmo de sair de casa em um dia ventoso .  Uma criança como autismo pode ser facilmente acordado durante a noite pelo menor ruído ou deslocamento de um cobertor.  A melatonina é um hormônio que regula os ciclos de sono. Nas crianças autistas foram encontrados níveis  anormais de melatonina, ou a liberação de melatonina na hora errada durante o dia. As crianças autistas também sofrem de ansiedade em um nível mais elevado do que outras crianças, e ansiedade pode perturbar o sono regular. 
Efeitos de distúrbios do sono 
Os distúrbios do sono podem ter um grande impacto sobre a criança além de torná-los cansados. Perder o sono pode fazer  as crianças se tornarem mais ansiosa ou suscetíveis à depressão , bem como mais agressivo e irritado. Isto agrava os problemas sociais de crianças autistas e torna mais difícil para que eles aprendam a interagir de forma adequada. A falta de sono também pode agravar problemas de comportamento, algo que as crianças autistas têm um problema com uma vez que têm dificuldade em aprender o comportamento apropriado , observando os outros. Estar cansado pode tornar mais difícil para eles para  tentar se lembrar das regras. Eles também podem apresentar maiores problemas de aprendizagem quando se estão exaustos .
Toda criança precisa de uma quantidade um pouco diferente de sono. Em geral, estas são as quantidades necessárias de sono, por idade: 
Idade 1-3 anos: 12-14 horas de sono por dia 
Idade 3-6 anos: 10-12 horas de sono por dia 
Idades 7-12 anos: 10-11 horas de sono por dia 
Tratamentos de Distúrbios do Sono 
Existem várias causas de distúrbios do sono em autismo , existem vários tratamentos .  
  • Para as crianças que são sensíveis a estímulos, um ventilador pode fornecer o ruído habitual para bloquear sons que distraem. 
  • Um cobertor pode fornecer pressão profunda que faz com que seja mais confortável para uma criança para dormir e ficar dormindo. 
  • Uma massagem ou balanço pode liberar a tensão em uma criança ansiosa antes de deitar.
  • A rotina de exercícios curtos também podem ajudar a criança a se acalmar e adormecer mais fácil.
  • Evite dar estimulantes ao seu filho, como cafeína e açúcar, antes de dormir. 
  • Estabeleça uma rotina noturna: dê ao seu filho um banho, leia uma história e coloque-o na cama no mesmo horário todas as noites. 
  • Ajude seu filho a relaxar antes de dormir lendo um livro, dando uma massagem suave nas costas ou ligando uma música suave.
  • Evite televisão, videogames e outras atividades estimulantes antes de dormir. 
  • Para evitar distrações sensoriais durante a noite, colocar cortinas pesadas nas janelas do seu filho para bloquear a luz, instale carpetes grossos, e certifique-se que a porta não range. 
  • A melatonina pode ajudar o corpo de uma criança regular o sono melhor. 
Se você é capaz de gerir melhor o distúrbio  do sono do seu filho autista, você verá que o comportamento dele tende a melhorar durante o dia. Você terá mais energia para ajudar seu filho, como também poderá ver que toda a sua família estará mais descansada e mais  feliz. 
Créditos: http://pt.265health.com/conditions-treatments/autism/1009030968.html#.VHSUbNLF-GU
http://autismobrasil.org/autismo/o-que-fazer/artigos/ajudando-seu-filho-a-obter.html

24/11/2014

Autismo - Porque é tão difícil para mim aceitar que meu filho tem Autismo?


Aceitar e admitir são palavras sinônimas e importantíssimas para quem tem um filho com autismo, ou mesmo qualquer outra síndrome ou deficiência. Porque somente após a aceitação é que você começa a buscar por ajuda, ajudar esta que vai auxiliar no desenvolvimento do seu Filho. É natural que você passe pelo processo da negação, da dor, do sofrimento, mas que este processo seja "passageiro", seja breve, para que você possa voltar a ser feliz buscando a recuperação do seu filho; e até mesmo a cura. Eu particulamente acredito no milagre da cura de minha filha! Todos os dias eu peço a Deus que mantenha minha Fé maior que minha dor! Para que eu possa acompanhá-la rumo esta jornada de seu desenvolvimento. Não deixe que seu sofrimento possa adiar a felicidade do seu filho nem a sua. Também não permita que este desafio que a vida lhe apresentou possa desfazer os laços afetivos que antes eram tão sólidos entre pai e mãe. Sabemos que o stress da vida diária com o autismo, pode ter impacto nas relações  familiares, isto já é previsto em alguns estudos, mas você tem que ir além destas previsões, e superar com sabedoria  e abnegação de mãe e pai. Quando Deus nos dar um filho com Autismo muitas vezes nos perguntamos, por que Eu? Eu me perguntei muitas vezes isto, e ainda hoje em momentos de fraqueza humana me vejo questionando. Nos perguntamos muitas vezes porque não sabemos como lidar com as situações tão inusitadas do universo autista, nos perguntas porque sentimos medo de não sermos capazes de enfrentar o desafio. Mas saiba que nada é por acaso, nada mesmo! Saiba que: Ou você é extremamente capacitado para tal missão especial; ou você estava precisando exatamente deste estimulo para desenvolver sua capacidade de luta, humildade, superação. São todas estas qualidades e outras mais que iremos desenvolver na vivência com o Autismo. E se você ainda estar naquele processo de temer este desafio, eu te digo: Avance sem medo de ser feliz! Não perca esta oportunidade de ser alguém melhor, de lutar por uma causa justa, de descobrir em si um amor incondicional, que vai além dos códigos usuais de comunicação, que tem capacidade de ver isto expressado num simples olhar! Aceitar também significa liberta-se do medo de ser capaz e superar a fraqueza humana e desenvolver a solidariedade por quem mais precisa de nós, nossos filhos tão amados! E também não esqueça que seu filho só será aceito e compreendido neste mundo, se você for o primeiro a aceitá-lo! Plante a semente da conscientização e colha os frutos do amor verdadeiro! Acredite isto faz toda a diferença! 
Texto: HilmaCosta Mãe de Mariana autista atualmente com 3 anos 

Esta é nossa filha Mariana 3 anos, não a rotulamos, mas aceitamos sim que ela tem Autismo, precisando assim de muito Carinho e de uma atenção Especial. Como também admitimos que precisamos muito dela para nossa Felicidade ser completa!   

Autismo - Processo de Aceitação do Diagnóstico do Autismo

Amigos encontrei este texto numa cartilha do ministério da saúde, é um texto meio antigo, mas ao mesmo tempo tão atual que  reflete muito bem o que muitos de nós sentimos diante da descoberta de ter um filho com Autismo. Neles os autores fazem uma explanação deste a importância de aceitarmos o diagnóstico; de como isto será benéfico para nós e principalmente para o desenvolvimento de nossos filhos, como também falam a cerca da abordagem médica no momento do diagnóstico, isto tem um fator diferencial importantíssimo. Leiam! É um texto longo, mas muito proveitoso e essencial para quem estar passando ou já passou por esta fase!
AUTISMO - PROCESSO DE ACEITAÇÃO DO DIAGNÓSTICO: 
 O início do convívio com uma criança autista coloca a família diante de uma realidade que ainda lhe é desconhecida, e que só deixará de sê-la quando esta for capaz de entrar em contato consigo própria; o que significa a aceitação das situações então estabelecidas. É nesse momento que a família se depara com seus próprios preconceitos, que poderão caminhar para a rejeição ou para a aceitação do autismo. Poder aceitar é enxergar a realidade, sendo esse o ponto de partida que possibilitará a criação de instrumentos capazes de interferir e, assim, até modificar a realidade. Do contrário, ficará sempre adiado o contato com o autismo, por ser este por demais doloroso. O conceito de família muitas vezes aprisiona o comportamento da mesma diante de suas dificuldades. Poder criar o seu próprio conceito de convivência familiar deve ser o papel de cada família, de acordo com as demandas de cada membro. Refletir e mudar são ações imprescindíveis para aqueles que buscam a harmonia, pois a cada momento vários são os fatores que interagem e é preciso ter flexibilidade para poder absorver aquilo que pode ser um benefício. À família cabe buscar estar sempre informada e, ao profissional, cabe corresponder a essa expectativa, não somente informando sobre os serviços disponíveis na comunidade, mas também orientando os tratamentos adequados aos pacientes e suas famílias. Isto se aplica às novas terapias, novas medicações e novas instituições. Assim, também deve o profissional auxiliar a família no momento em que se faz necessário interromper ou modificar os tratamentos, objetivando uma mudança para melhor. Para que a família possa ver o autista como um filho, em primeiro lugar, é necessário que tenha entendida que, embora possa haver o esforço da família para proporcionar uma melhor condição de vida, também existe o lado individual e, portanto, pessoal de cada ser humano, e que este interferirá nos resultados, sejam êxitos ou fracasso É preciso que a família se dispa de sua onipotência, de sua necessidade de ficar se penitenciando, ou mesmo buscando um culpado para a situação, porque o futuro esta relacionado não somente aos aspectos individuais, mas também a outros fatores que extrapolam a capacidade da família de controlá-los totalmente. E queira ou não, haverá margem para o imponderável. Unir famílias de autistas nem sempre é tarefa das mais fáceis, pois geralmente estão às voltas com as dificuldades de administrar suas próprias rotinas, normalmente intensificadas pelo desconhecimento em relação ao autismo e seu prognóstico. O profissional precisa ouvir mais a família e buscar, em conjunto com ela, uma solução para cada caso. Nós pais nos deparamos com profissionais que pouco sabem sobre nossas necessidades, nossos conflitos, nossas expectativas e nossos sonhos. O autista faz parte de uma determinada família, que possui características singulares e, para que se possa de fato beneficiá-la, é preciso que os caminhos propostos para ele também acolham a sua família. Precisamos de soluções para nossas dificuldades. Não podemos ficar escondidos em nossas casas, achando que a vida é assim mesmo. A vida será fruto de nossa capacidade de enfrentar as dificuldades, buscando soluções que possam proporcionar uma existência com dignidade. Quanto à nossa dor de termos filhos diferentes, aprenderemos que não conseguiremos extingui-la. De vez em quando, ainda ficaremos tristes. Mas poderemos construir uma vida significativa se nos dispusermos a entrar em contato com os autistas, porque aprenderemos que todo e qualquer relacionamento se baseia no respeito às diferenças, e não na transformação do outro naquilo que ele nunca poderá ser. Aprenderemos a amar os autistas pelo fato deles terem sido escolhidos a vir e a permanecer nesse mundo, ao nosso lado. 
Créditos: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_14.pdf
Autismo: orientação para os pais / Casa do Autista -
Brasília : Ministério da Saúde, 2000. 
Marta Midori Yoshijinna 

20/11/2014

Autismo - Meu autista com quem ele vai ficar quando eu não mais estiver aqui.



Como todas as mães de autista eu percorro muitos sites, leio matérias e relatos de outras mães e pais sobre suas lutas e conquistas com os filhos. Vejo que as histórias são muitas e que apesar de cada história ter suas peculiaridades e diferenças, vejo na maioria delas uma constante nos depoimentos. Com quem meu filho vai ficar quando eu não mais estiver aqui? Pois saibam que esta pergunta é bem pertinente. Eu mesma já me fiz inúmeras vezes esta pergunta. A natureza na sua sabedoria divina traz os filhos para aquecer o coração dos pais e consagrar a união do casal, recebemos nossos filhos como um presente de Deus e os cuidamos, e os protegemos com todo amor que jamais imaginaríamos ter, desde o momento que vemos aquele ser tão pequenino dependendo de nós para tudo. Então o amamos e os educamos vida a fora para serem independentes e posteriormente se cuidarem, cuidarem de suas famílias e também quem sabe nos cuidarem quando já não tenhamos tanta juventude quanto antes. Seria assim o que se diz de a Lei natural da "matéria humana". Mas e quando surgi o inesperado, porque sabemos que nenhum de nós espera 9 meses um filho nascer imaginando que Ele tem ou possa ter algumas síndrome ou deficiência, salvo algumas exceções de deficiência antes detectadas por exames laboratoriais durante a gravidez. Já no caso do autismo somos realmente pegos pelo inesperado. Recebemos nossos filhos e aos poucos vamos notando que algo de diferente se apresenta, que algumas situações fogem do nosso controle, além do convencional, e é aí que compreendemos que precisamos de ajuda, que precisamos saber o porque das reações tão inesperadas e inusitadas de nossos Queridos. Alguns pais recebem a notícia do Autismo através dos médicos, mas muitos outros descobrem o Autismo sozinhos em sua busca por respostas. Mas passado este processo da descoberta do que faz seu filho agir diferente, um processo demorado porque principalmente seu filho não "carrega" muitas vezes no rosto nenhum sinal ou estereotipia, mas age de uma maneira fora dos padrões que a sociedade determina para como "Normal". Depois de tudo, depois que você já sabe tirar de letra e se antecipar as reações desconfortáveis que possa deixar seu filho nervoso ou irritado, depois que você aprende a dar amor de forma sobrenatural como jamais imaginaria ser capaz; depois que você descobre como fazer seu filho comer melhor; ter mais qualidade de vida; Depois que você consegue fazer com que os que estão ao teu redor compreendam o que é Autismo e passem a olhar teu filho não mais como uma criança rebelde ou mal educada. Então depois de tudo isto vem um novo processo o da pergunta acima: Com quem meu filho vai ficar quando eu não mais estiver aqui? Seu filho já estar lindo, muitas vezes jovem, adulto superando todas as adversidades e se tornando mais independente; mesmo assim ainda fica "martelado" em nossa cabeça aquela pergunta. E sabe por que? Porque como mencionado antes nós pais nos preparamos para criar os filhos e futuramente ser "criados" por eles, esta é nossa cultura, esta é característica das nossa origem humana. Daí nem sempre estamos preparados para lidar com esta situação, que pode parecer incomum. É da lei da natureza que envelheçamos antes de nossos filhos e que na maioria das vezes a morte nos venha antes deles, porque a natureza divina é sábia, e sabe que um Pai ou Mãe jamais supera a perda de um filho. Portanto que possamos ter fé em Deus e focarmos na recuperação e na cura de nossos filhos, mesmo que muitos nos digam no decorrer desta luta que não existe cura para o Autismo. Devemos viver cada dia buscando esta cura e ensinando nossos queridos a alcançar sua independência neste mundo. Se vamos Partir? Isto é certo! Só Deus sabe o dia e não precisamos ficar triste pensando nisso,  porque se partimos, precisamos pensar assim: Todos partem isto é fato. O que precisamos é viver uma vida que justifique nossa existência. Abrace sua missão de pai, mãe e faça o seu melhor, exitem muitas coisas práticas que você pode fazer para se apoiar, e lhe dar segurança de um futuro garantido para o seu filho. Mas de uma coisa você não pode esquecer, a de que Deus detém em suas mãos todo poder sobre céus e terra, portanto é imprescindível muita Fé e Confiança em nosso Criador! 
Texto de HilmaCosta mãe de Mariana Autista atualmente com 3 anos de idade. 

16/11/2014

Autismo - A Técnica da Antecipação

Os Portadores de Autismo mais precisamente as crianças sofrem de Ansiedade fator comum à síndrome. O texto abaixo mostra como é importante que Nós Pais e Cuidadores possamos aplicar este método de antecipação, pois vai melhorar muito quanto a realização de tarefas e mudanças na rotina do seu filho. Para crianças com Autismo, como para todas crianças as novas experiências e  situações causam um misto de prazer e ansiedade. Para o Autista a ansiedade tende a superar a satisfação e fazer com que o passeio tão desejado ao final possa torna-se em uma crise de stress e desconforto, pois sua mente precisa de um pouquinho mais de tempo para processar e assimilar mudanças no ambiente. O texto lhe dará dicas; mas muita coisa  você terá que desenvolver sozinho e fazer adaptações de acordo com a rotina e a idade do seu filho. 
Acredite vai ser muito positivo! Use da criatividade e da  Sabedoria que Deus vai lhe dar neste momentos. Aqui em casa nós procuramos seguir estas orientações e podemos dizer que na maioria das vezes tem sido um sucesso!
Experimente antecipar as situações pelas quais seu filho terá que passar que a ansiedade dele tende a "estacionar". 
Boa sorte e Bom Exercício com seus Queridos!
   
Técnica da antecipação para diminuir ansiedade de crianças autistas.

Trata-se de uma forma de antecipar a novidade, para que quando ela ocorra de fato a criança já esteja familiarizada e preparada para lidar com ela.
Crianças com autismo possuem um modo particular de processar informações: diante de um fato novo, elas buscam em sua mente alguma imagem correspondente a ele. Se já tiverem se deparado em este fato anteriormente, ao menos uma imagem será encontrada, e elas ficarão tranquilas porque sabem que estão diante de algo pelo qual já passaram antes.
Caso a situação seja nova, entretanto, não encontrarão nenhuma imagem em suas mentes, e por ficarão ansiosas e incomodadas. Uma forma de evitar que o desconforto surja é oferecer-lhes imagens daquilo que elas ainda não conhecem para seu repertório mental.
O recurso da antecipação pode ser usado quando a criança passará por alguma mudança de ambiente, seja por motivo de viagem, visita a parentes e amigos, ou mesmo troca de residência ou de escola.
Mostrar a ela uma fotografia do local, explicando com detalhes o que acontecerá lá – se chegará de carro ou a pé, se tocará a campainha, quem irá atender, o que fará ao entrar no local, as pessoas que deverá encontrar – é também uma forma de explicar-lhe qual é o comportamento esperado dela.
A estratégia pode ser bastante útil na escola, sobretudo naquelas onde as crianças tendem a fazer cada atividade em uma sala diferente, o que pode confundir e perturbar a criança com autismo. Para facilitar e otimizar seu tempo, o professor pode utilizar sinais e senhas em vez de descrever detalhadamente uma imagem. Um exemplo dessa tática é habituar-se a mostrar à criança um cartão com a cor da sala – ou da porta, de uma cortina – onde será desenvolvida a atividade a seguir, por exemplo, antes de levá-la ao local.
Ações rotineiras, mas que não fazem parte do dia-a-dia da criança, como cortar os cabelos em um salão, também podem ser mais tranquilas quando se usa a antecipação. A criança pode ficar incomodada com o ruído do salão ou mesmo com a sensação dos cabelos caindo ao seu redor. Mostrar a ela fotografias de cabelos, tesouras, ou, de preferência, do próprio salão, durante alguns dias antes, ajudará a lembrá-la que o único objetivo daquela visita é ganhar um novo corte de cabelos, o que diminuirá sua ansiedade em relação ao que acontece ao seu redor.
Fonte: Desafiando el autismo/http://saci.org.br

03/11/2014

Autismo - Isolamento, Alheamento Como Estamos Superando

Mariana como muitas das crianças com Autismo teve uma tendência ao isolamento. Por volta dos 2 anos e meio falava muito pouco não conseguia se fazer entender. Percebemos Ela muito quietinha com seus brinquedos e a falar por meio de uma linguagem própria  que os estudiosos da área chamam de ecolalia. Na sua tentativa de comunicação Mariana usava sua própria sombra como companheira repetindo os gestos refletidos. Ela brincava com alguns de seus bonecos preferidos e balbuciava aquela linguagem o tempo todo. Paramos então para observá-la, e percebemos que em meio aquela brincadeira ela dava sinal de que queria contato conosco, notamos isto porque ela reproduzia as cenas do nosso dia-a-dia com seus bichinho de pelúcia e bonecos.  E isto para nós foi um sinal maravilhoso que ela deu. Então corremos ao encontro dela e não a deixamos sozinho um só instante. Estamos sempre nos reversando para inseri-la no nossas tarefas diárias, e trazendo o mundo dela ao nosso encontro. Nosso filho mais velho Vinicius foi, e é importantíssimo nesta etapa de inserir Mariana em nosso meio e não deixá-la sozinha. Os dois estão sempre juntos e são tão queridos um do outro, se amam tanto que dar ver isto em suas brincadeiras. Como todas crianças eles também se desentendem, isto só prova o quanto é saudável a comunicação dos dois. Hoje Mariana já tem seu vocabulário próprio, já se expressa com facilidade e percebemos o quanto ela fica feliz quando compreendemos a sua fala. Ela ainda tem dificuldade de pronúncia, mas nada que não possa ser resolvido com uma terapia com um Fono, e já estamos encaminhando isto. O mais importante foi ver que Mariana conseguiu sair daquele mundo de isolamento que muitas vezes acometem os autistas. Sabemos que cada autista é diferente um do outro, Sabemos sim! E não estamos dizendo aqui que vai ser fácil e que existe uma receita pronta para lidar com eles. Mas estamos aqui para contar  nossas dificuldades e vitórias alcançadas, e para acima de tudo estimular você Mãe e Pai a não aceitar o isolamento do seu filho como algo natural, procure perceber os sinais que seu filho lhe dar e mesmo que não haja sinais vá ao encontro dele, não se conforme e insista, persista na comunicação. Ele estar a lhe ouvir e a qualquer hora vai dar sinalizar para você! Que Deus possa  lhe dar forças para seguir nesta caminhada, porque sem ele nada é possível!  

Autismo - Alheamento,isolamento ...Não permita!

Há muito para dizer aos nossos Queridos! Sempre muito para dizer! Se seu filho está num processo de isolamento, comum aos autistas não permita que isto continue. Você é capaz sim de reverter este processo, deixe-se guiar pelo amor que tem por Ele, e mesmo sem obter respostas muitas vezes, persista na comunicação. É preciso que se desmitifique isto: "O autista não se isola por querer ou gostar" O autista na maioria das vezes se isola por não conseguir se comunicar com os códigos de nossa sociedade. Portanto não Deixe que Seu Filho se perca na solidão do Isolamento. Nunca deixe de falar com Ele porque tem se mostrando indiferente, saiba que mesmo que você não perceba ele estar lhe ouvindo e ficará sabendo o quanto você o ama. O Amor é e sempre foi a forma universal de comunicação! Insista e persista na comunicação verbal e verá o frutos desde amor render futuramente! Que Deus esta convosco!

29/10/2014

Autismo Alimentação Dieta Sem Glúten e Sem Caseína

Alimentação da Mariana X Glúten e Caseína
Desde cedo pesquisando sobre o autismo descobrimos as dietas sem glúten e sem caseína além de outras que alguns estudiosos na área com bases em pesquisas apontam como benéficas para o autista. Começamos a testar e  a observar estas dietas na alimentação de nossa filha, e o que eu posso dizer é que aprovamos. Nós ainda não conseguimos seguir a risca todas as restrições indicadas. Algumas vezes por conta da falta da oferta dos produtos no mercado e o  preço nada acessível. O que temos feito é a redução da quantidade de glúten e caseína. O glúten por exemplo na alimentação de Mariana é praticamente zero, procuramos substituir os pães e biscoitos recheados que toda criança  na idade dela costuma consumir e adora, por outros alimentos de fácil digestão como por exemplo e biscoitos de fécula de mandioca, tapiocas e cuscuz (uma espécie de bolo salgado consumido no nordeste)feito com massa de arroz, tudo de muito fácil digestão, e é incrível como o comportamento dela tem melhorado, observamos que estar mais calma e e com mais disposição para brincar. Já em relação a caseína é um pouco mais difícil, pois como ela  tem pouca idade consideramos o leite um alimento essencial por conta da fonte de cálcio, mas aos poucos estamos eliminando e substituindo também a caseína  que segundo as pequisas age como uma espécia de droga no organismo do autista. Já eliminamos os tão amados iogurtes,  que muitas vezes alimentam o fungo da candidíase em meninas, e as deixam nervosas.  A dieta não é simples, pois precisamos tomar cuidado para que a criança não sofra nenhum tipo de carência alimentar por conta da retirada dos alimentos. O ideal é você tenha orientação médica para que possa segui-las. Mas se conseguir com certeza vai observar os efeitos benéficos em relação ao comportamento e concentração do seu filho. Nós aqui não somos tão rígidos com esta dieta, apenas evitamos os excessos diários. Quando saímos para passear permitimos que ela possa comer o que toda criança come em uma festinha de aniversário por exemplo, controlamos o excesso, mas permitimos que nossa filha sinta o prazer que as outras crianças tem em relação a alimentação. Porque afinal ela é apenas uma criança como todas as outras. Para que as dietas sejam possíveis é de suma importância que toda a  família siga junto na dieta, aqui em casa estamos todos nessa: SEM GLÚTEN e SEM CASEÍNA! Saiba que você não vai perder nada além do peso indesejado. Digamos que em relação ao Glúten não se trata propriamente de dieta e sim de uma alimentação saudável como todos nós deveríamos seguir.   

Autismo Sem Glúten e Sem Caseína - Dieta Glúten e Caseína GFCF


Logo no início pesquisando sobre Autismo Descobrimos o quanto alimentação é um fator importantíssimo na vida do Autista leia os fatos publicados em pesquisas abaixo:
A Dieta sem glúten e sem caseína (proteína do leite animal)  também é recomendada para os Autistas.

A Dieta - Existe uma crescente quantidade de provas que indicam que a ingestão de proteínas de glúten encontradas no trigo, na cevada e aveia, entre outros grãos, e de caseína, ou proteína do leite, afeta a função do cérebro normal. Um distúrbio do sistema digestivo prejudica a capacidade de fragmentar o glúten e a caseína e as pequenas cadeias protéicas resultantes apresentam estrutura e função similares aos opiácios (como morfina, ópio, etc...). Como estas cadeias protéicas viajam pela corrente sangüínea, elas podem alterar a função cerebral e causar sintomas imunológicos e intestinais.
Os profissionais de saúde prescrevem uma dieta isenta de Glúten e Caseína (GFCF) para os pacientes portadores de distúrbios neuropsiquiátricos e/ou distúrbios do desenvolvimento que são também incapazes de fragmentar efetivamente a caseína e o glúten, ou que são geralmente predispostos ao aumento do transporte destes peptídeos. A dieta GFCF é baseada na eliminação de todos os alimentos que contenham glúten e caseína, de forma a permitir que o organismo funcione na ausência destas substâncias psicoativas.
ALIMENTOS A SEREM ELIMINADOS:
A lista que se segue deve ser usada como um guia. Alguns aditivos fora dos Estados Unidos podem não ser GFCF e certos alimentos podem ser derivados de trigo e de leite, portanto é mais importante ainda que se verifique junto aos fabricantes de alimentos quando em dúvida sobre os ingredientes. Verifique sempre os rótulos das embalagens dos produtos visto que os fabricantes também alteram os ingredientes sem qualquer aviso!!!
LATICÍNIOS E ALIMENTOS CONTENDO CASEÍNA  
Observação: A caseína pode também ser encontrada em alimentos que não sejam do grupo de laticínios. Por exemplo: certas marcas de atum em lata contem caseinatos. Verifique sempre os rótulos das embalagens.
Produtos laticínios em geral: leite, queijo, iogurte, sorvete, creme de leite, creme azedo, manteiga.
Leite e componentes lácteos: Leites em pó, iogurte de leite em pó, proteína láctea, sólidos lácteos, pastas sólidas de leite, leite acidificado, buttermilk (leitelho), buttermilk em lata, leite condensado, leite cultivado, leite seco, leite evaporado, leite de cabra, leite maltado, lactose de queijo lácteo, creme não lácteo para o café, sólidos de buttermilk, gordura do leite, sorvete feito com leite magro. (Obs: leite de arroz da marca Rice Dream contém glúten)
Manteiga: Todas as manteigas, sabor artificial de manteiga, gordura de manteiga, óleo com sabor de manteiga, sólidos de manteiga de buttermilk, manteiga batida, margarinas (leia o rótulo nas embalagens).
Queijos: Todos os tipos de queijos (sólidos e cremosos), alimentos com queijo, sabor de queijo, queijo de cabra, queijo cottage, queijo cremoso (requeijão).
Caseína e caseinatos (encontrados na maioria dos substitutos de queijos, por exemplo, queijo de soja, queijo de arroz; também encontrado em alguns atum e salmão enlatados): caseinato de amônia, caseinato de cálcio, caseinato de magnésio, caseinato de potássio, caseinato de sódio.
Cremes: Creme de leite batido para chantilly, creme de leite integral e light, creme com sabor de côco (pode contém substâncias que dão sabor contendo proteína láctea), substituto do creme para café, creme de leite de lata, creme não lácteo (verifique o rótulo), iogurte cremoso, imitação de creme sólido.
Lactose e derivados: (verifique com seu médico todos os medicamentos prescritos quanto à presença de lactose): ácido lático/lactato, lactoglobulina, lactoalbumina, fosfato de lactoalbumina, lactilato de sódio (pode ou não conter caseína), lactulose, caseinato de magnésio.
Soro do leite: soro do leite acidificado, soro curado, soro sem lactose, soro desmineralizado, soro hidrolizado, soro em pó, soro fresco, soro concentrado, pó de soro, proteína de soro, caseinato de sódio de soro, sólidos de soro.
Substâncias flavorizantes: Sabor natural, sabor caramelo, sabor de coco, sabor de chocolate natural, sabor de creme da Bavária (pode conter proteína láctea), sabor de açúcar mascavo (pode conter proteína láctea).
Alimentos contendo glúten: (Observação: certos alimentos e bebidas “isentas” de glúten podem conter traços de glúten. Por exemplo: leite de arroz Rice Dream contém quantidades ínfimas de glúten. Lembre-se de verificar sempre os rótulos das embalagens).
A lista que se segue pode não conter todas as farinhas que não servem:
Todas as farinhas feitas de trigo, cevada, aveia, trigo alemão, centeio e kamut (triguilho): farinha de trigo comum, farinha de cevada, farinha de rosca, farinha integral, farinha de bolo, farinha durum (tipo de trigo bastante duro usado na fabricação de massas), farinha enriquecida, farinha de glúten, farinha de Graham, farinha debulhada, farinha rica em glúten, farinha rica em proteína, farinha de aveia, farinha para massas em geral, farinha de arroz, semolina, farinha de semolina, farinha seitan, farinha de gérmen de trigo, farinha de trigo, farinha branca, farinha de trigo integral, farinha branqueada por fermentação, farinha forte.
Todos os cereais feitos de trigo, cevada, aveia, trigo alemão, centeio e triguilho: Extrato de cereal, farelo, liga de cereal, farina.
Trigo: farelo de trigo, trigo durum, triticum (gênero triticum, espécie T. aestivum), gérmen de trigo, glúten de trigo, aveia de trigo, trigo em casca, amido de trigo, massa de trigo, farinha de trigo aestivum, farinha de titicum monoccum, bagas de trigo, bagas de trigo integral, trigo duro, farinha de trigo integral, gérmen (de trigo, triticum, durum) duro abissiniano.
Grãos integrais: aveia, cevada pérola, centeio, trigo alemão, trigo triticum alemão, cevada, trigo sarraceno, Job’s Tears (tipo de trigo em forma de lágrima típico da Ásia tropical), triguilho.
Massas: talharim com ovos, semolina, semolina de centeio, talharim soba, entre outras massas de trigo.
Amidos: amido modificado, amido de alimento modificado, amido de alimento (verifique sempre a origem visto poder ser um derivado de trigo ou milho), mono e diglicerídeos, amido gelatinizado (verifique, pois pode ser um derivado do trigo), amido vegetal (verifique, pois pode ser de origem de trigo).
Corantes: Cor caramelo, cor natural de mostarda em pó (verifique, pois pode ser de origem de trigo), sabor de alta proteína.
Observação: verifique sempre os rótulos das embalagens visto que os ingredientes dos produtos mudam freqüentemente.
Créditos:  http://www.riosemgluten.com/autistas.htm
                

27/10/2014

Autismo Consciência e Aceitação

A poucos dias Mariana foi pré diagnosticada com Autismo. Faltando apenas alguns exames para elaboração do laudo médico.  Levamos mais de 3 anos para concluir esta etapa, porque algumas situações nos impediram no início. Em meio a pesquisas e busca de esclarecimento, de certa forma já sabíamos que o Autismo poderia ser a resposta, como de fato estar sendo comprovado agora. É normal que este diagnóstico passe por um processo de aceitação. Nenhum de nós quando geramos um filho nos preparando para receber a notícia de que ele possa ter alguma deficiência ou síndrome. Mas diante dos fatos não podemos passar a vida negando e lamentando...  Sabemos que nossos filhos nos tem como porto seguro e precisamos dar-lhes esta certeza!
Todos os dias buscamos mais e mais informações para cuidar de nossa filha, para que possamos orientá-la e ajudá-la a desenvolver suas potencialidades. Sempre é bom frisar que: Procuremos estimular nossos filhos o mais cedo possível mesmo antes do diagnóstico. Porque em alguns casos por falta de estímulos pode ocorrer da por parte na criança um certo isolamento. Então não perca tempo, todo tempo no autismo é precioso! Mariana está numa fase linda, fala sem parar e aprendendo a formar frases completas! Achamos isto incrível! E vibramos com cada nova palavra! Estamos encarando de frente a questão do Autismo de nossa filha. Como mencionado o processo lento de conscientização e aceitação muitas vezes é inteiramente natural. Não se chega a esta estágio da noite para o dia. Se você estar passando por isto saiba que não estar sozinho, no Brasil se tem uma estimativa de 2 milhões de autistas com famílias que passam por situações semelhantes, e saiba que somos inteiramente capacitados por Deus para dar conta do recado e cuidar de nossos pequenos. A jornada é longa sabemos, mas a compensação de ver seu filho feliz não tem tamanho!

Autismo Meu Filho é Autista Como Seguir Após o Diagnóstico

Meu Filho é Autista e Agora???

E agora que você vai amá-lo tanto mais ainda, que vai cuidar dele com todas forças e com todo carinho que cuidaria se ele não fosse autista. O Autismo vai lhe mostrar quanto amor você é capaz de dar e talvez não soubesse. Se seu filho já foi ou estar sendo diagnosticado com Autismo, fique firme! Isto não significa que não possa chorar ou se perguntar por que Eu???? Por que todos nós ao nos deparamos com a situação de um filho autista em algum momento , já fizemos esta pergunta... Pode perguntar e aguardar que Deus lhe dará a resposta ao longo do tempo, basta ouvir... Ele com certeza vai estar dizendo: Você é a pessoa certa para cuidar desde anjo. Mesmo você muitas vezes com esta aparente  fragilidade vai saber direcionar seu filho com o todo amor e dedicação. Deposite suas forças em Deus e não meça esforços para ajudar o seu filho. A ciência tem evoluído muito e através disso podemos conscientizar a sociedade para receber nossos autistas . Porque a grande dificuldade mesmo do autista é ser compreendido e aceito. Uma vez conseguido isto tudo se tornará possível. Ame seus filhos como são, que a cada dia eles serão melhores. Isto  vez melhor isto vale para pais de autistas e não autista!

28/09/2014

Autismo - Diagnóstico Aguarde Mas Estimule Seu Filho

Este Post traz abaixo informações sobre como é realizado o Diagnóstico do Autismo. 
Mesmo sabendo que hoje todas estas informações são encontradas facilmente na internet, pois trata-se de um tema médico cada vez mais discutido nos dias atuais, não nos esqueçamos da importância do diagnóstico realizado por um especialista no assunto e de forma convencional. Portanto é muito importante que observem sempre seus filhos e ao perceberem que não estão reagindo dentro dos padrões de desenvolvimento infantil procurem uma opinião médica. Saiba que quanto mais cedo for diagnosticado o Autismo, melhor será para para o seu tratamento e desenvolvimento da criança. Aguardem pelo Diagnóstico e não se frustem na demora, o mais importante é que seu filho tenha um acompanhamento médico, isto vai lhe dar mais segurança e poderá também lhe nortear para que você possa ajudar o seu filho. Nos "Pequenos", digo nos bebês muitas vezes pode ser mais minuciosa a investigação do Diagnóstico podendo ser mais demorado o resultado. Mas convenhamos que nós pais e mães sempre "sabemos e sentimos" quando algo não vai bem com nossos filhos, mesmo desejando sempre o melhor para eles. por isto mesmo antes do Diagnóstico procurem ajudar seus filhos, não limitem-se apenas a esperar pelos resultados da Medicina, porque cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento e nós temos que aproveitar cada segundo deste tempo. Enquanto você Pai ou Mãe aguarda um parecer médico não deixe de estimular seu filho positivamente, e se não souber como fazer isto procure orientação e informações acerca das possíveis causas e comportamento do Autismo. Não fuja do possível Diagnóstico do Autismo e não fique parado aguardando somente pelos médicos, porque os Médicos irão sem dúvida ajudar o seu filho, mas você sempre será peça principal neste quebra-cabeça. Mas seja responsável ajudando de forma consciente; Remédios por exemplo só cabem  aos médicos, neste assunto aguarde pelo diagnóstico para que não prejudique a saúde de seu filho. Quanto aos estímulos são sempre bem vindos as crianças desde bebês, e mesmo que seu filho de imediato não responda aos seus comandos não desista! Muitas vezes é somente uma questão de tempo, mais cedo ou mais tarde você verá o resultado fluir de uma forma tão maravilhosa que sentirá orgulho de ter contribuído tão positivamento para o desenvolvimento e progresso do seu filho. 
   
                
O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta  dos 18 meses de idade. Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas alguns exames,  tais como cariótipo (com pesquisa de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo), teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos  são necessários para investigar causas e outras doenças associadas. O quadro clínico do autismo, segundo o DSM IV TR (APA, 2002) é: Prejuízo da habilidade social: não compartilham interesses, não desenvolvem empatia e demonstram uma certa inadequação  em abordar e responder aos interesses, emoções e sentimentos alheios; Prejuízo no uso de comportamentos não-verbais como: contato visual direto, expressão facial, postura corporal e com objetos; Dificuldades na interação social: fracasso em vincular-se a uma pessoa específica, não diferenciação de indivíduos importantes  em sua vida, falta de comportamento de apego; Alterações na linguagem: atraso na linguagem falada. Nos que desenvolvem a linguagem adequadamente, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso estereotipado e repetitivo de certas palavras ou frases e emprego da terceira pessoa (inversão pronominal) para falar de suas vontades. Os que aprendem
a ler não apresentam compreensão do que lêem; Alterações de comportamento: padrões restritos de interesse, manipulação sem criatividade dos objetos,  ausência de atividade exploratória, preocupação com as partes de objetos, inabilidade para participar  de jogos de imitação social espontâneos, adesão a rotinas rígidas, presença de maneirismos motores e crises  de raiva ou pânico com mudanças de ambiente; mudanças súbitas de humor, com risos ou choros imotivados, hipo ou hiper-responsividade aos estímulos sensoriais e agressividade sem razão aparente. Comportamentos auto-agressivos, como bater a cabeça, morder-se, arranhar-se e arrancar os cabelos podem ocorrer. Uma proposta de alteração dos critérios do DSM V está online e sugere que para se diagnosticar autismo, estejam presentes as seguintes características: 
Déficits na comunicação social e na interação social: déficit na comunicação não verbal e verbal utilizada para a interação  social, falta de reciprocidade social, incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos com seus pares apropriados  ao seu nível de desenvolvimento. Padrões restritos e repetitivos de comportamento: estereotipias ou comportamentos verbais estereotipados ou comportamento sensorial incomum, aderência a rotinas e padrões de comportamentos ritualizados, interesses restritos. Os sintomas devem estar presentes na primeira infância, mas podem não se manifestar plenamente, até que as demandas sociais 
ultrapassem as capacidades limitadas.

http://www.ama.org.br/site/diagnostico.html

14/09/2014

Autismo - Desafios e Progressos Diários


No Post anterior falamos um pouco sobre Fátima Dourado uma Mãe cheia de amor por seus filhos, e que fez deste Amor sua Vida. Sua Coragem e dedicação aos filhos comove qualquer um que conheça sua história. Doutora Fátima Dourado Parabéns por sua iniciativa inspiradora. 


Nossa experiência como pais de autista não é diferente da experiência de outros pais. Há três anos quando Nana nasceu a vida nos preparou um desafio de Fé e de Esperança. Nossa vida antes nos moldes de um casal comum, passou por adaptações! Concebemos e Recebemos nossa filha com todo o amor do mundo. Lhe ofertamos todos cuidados que um bebê possa necessitar, talvez até mais porque já não eramos pais de primeira viagem e contávamos com experiência. No entanto Nana reagiu de uma forma diferente do esperado. Passamos pela fase crítica e superamos o desconhecido por nós mesmo. Na busca incessante em saber o que incomodava nossa Filha descobrindo o Autismo que temos como suposta resposta, já que Nana ainda não foi diagnosticada. Com o tempo nossa vida foi se moldado com a vida de Nana, pois a princípio esta foi a forma mais fácil que encontramos de lidar com Ela. Nos primeiros dois anos movidos pelo desespero diante do comportamento incomum de Nana tomamos decisões em nossas vidas que até hoje comprometem nossa estabilidade financeira e profissional. Mesmo admitindo isto, em nenhum momento nos arrependemos, pois nossos filhos são nossos bens mais preciosos! Se Eles estão bem estamos bem, também sempre foi este o nosso lema! Podemos dizer que tudo mudou em nossa vida, mas o nosso Amor só se fortalece diante das batalhas que enfrentamos diariamente. Cada progresso de Nana é uma vitória alcançada por toda Família. Somos todos por Nana e Ela por Nós! E o mais importante é o seu sorriso que nos dá a certeza de sua gratidão! Por Ela vamos dormir mais tarde e acordamos mais cedo; por Ela mudamos a alimentação e ficamos mais saudáveis; por Ela não trabalhamos mais fora de Casa para nos dividir em cuidados; por Ela não passeamos tanto quanto antes e assim economizamos mais. E o mais importante por Ela ficamos mais próximos de Deus e Ele de nós. Em nos aproximarmos de Deus Ele tem nos concedido a benção da Cura dia após dia de Mariana!
Se avaliarmos os Progressos e o Sofrimento vivido, porque ainda há dias que sofremos sim com as crises e stress inesperados, chegamos a conclusão feliz de nosso progresso! Sabemos que o caminho é longo e que estamos apenas a alguns passos do início, mas nos encorajamos em primeiro lugar com a força que Deus nos dá, e com vitória diária. Porque aprendemos que o mais importante no Autismo é o que se conquista hoje. Sendo assim nos fortalecemos e nos firmando no propósito de que o amanhã a Deus pertence. 

13/09/2014

Autismo - Fátima Dourado Mãe Coragem

Autismo Exemplo de Mãe Coragem  
Há algum tempo lendo sobre o autismo e pesquisando na Rede informações que possam nos ajudar como conviver com nossa filha Mariana descobrimos a história de vida desta mãe, gostamos de chama-lá de mãe coragem que fez de sua vida sua história. Que soube superar os traumas que a convivência com o autismo possa trazer e fazer de sua experiência um exemplo de luta pela causa do Autismo. Não somente pela causa social que possa trazer benefícios aos portadores de autismo,  mas também a causa pessoal de cada família que possam ver nela uma inspiração e exemplo de superação. Esta mulher merece nosso respeito e que seus projetos sejam justamente reconhecidos. 
Fátima Dourado Em Sua Instituição: Casa da Esperança
http://autismobrasil.org/
Fátima Dourado, cearense 57 anos pediatra e psiquiatra - Mãe de seis filhos - dois dos quais têm autismo - Fátima se deparou com o transtorno numa época em que ninguém sabia do que se tratava. Na psicanálise, a teoria era de  que os autistas eram crianças normais que estavam se refugiando em seu mundo porque tinham um problema de vínculo com a mãe, que chegaram a ser definidas pelo termo “mães-geladeiras”. “Como era o que tinha na época, teve um tempo que eu cheguei a duvidar do meu amor. Onde eu tava amando errado para ter crianças tão lindas que não conseguiam desenvolver a fala?”, lembra Fátima. Nela, não estava o problema e, sim, a solução, ou, pelo menos, a esperança. Quando viu o filho Giordano, hoje com 32 anos, ser rejeitado pela escola por estar dando muito trabalho e a instituição não ter profissionais treinados para atender àquele tipo de adolescente, Fátima decidiu criar a própria escolinha. De oito alunos iniciais, a então pequena escola para crianças com autismo hoje é uma referência nacional no tratamento do transtorno, onde 400 crianças têm assistência total e outras milhares recebem atendimento ambulatorial. 
"Ser mãe é: “É abrir a cabeça e o coração para ajudar outra pessoa no seu desenvolvimento, adotar uma pessoa  do jeito que ela é, com todas as suas possibilidades. Ser mãe, biológica ou não, sempre tem seu lado de adoção. É sempre uma busca de equilíbrio porque não tem uma fórmula pronta entre a proteção e o respeito  às escolhas do indivíduo”.(Fátima Dourado)"
Créditos:http://www.opovo.com.br

05/09/2014

Autismo - Ansiedades e Manias Como Lidar

No Post anterior como diminuir ansiedade abordamos o assunto referente a ansiedade característica nas crianças autistas e também algumas técnicas para ajudar a lidar com esta ansiedade. Claro que não existe receita pronta para lidar com nossos querido autistas, todos eles são diferente, como são diferentes todos os seres humanos com suas características e forma de agir. No autismo chamamos os diferentes comportamentos de Espectro Autista que traduzindo para o popular quer dizer que não existe um autista igual ao outro. Cada um apresenta suas particularidades. Por isto muitas vezes é tão difícil o diagnóstico. Mariana ainda não foi diagnosticada com autismo, mas como todos os pais que observam seus filhos, desde cedo percebemos que ela reagia de uma forma diferente a algumas  situações, digamos que de uma forma inusitada. No decorrer do tempo as ansiedades e manias de Nana tem se apresentado cada vez mais frequente. Quando bebê pouca coisa era notado, porque os bebês não sabem se impor e mostrar tão claramente suas vontades. Sabíamos que havia algo diferente porque como  já mencionamos o choro era frequente e prolongado sem que ela tivesse nenhuma dor ou desconforto. Desde os dois anos percebemos que a ansiedade vem se apresentando de forma marcante no comportamento dela. Como para o autista é também importante um segmento de rotina procuramos fazer isto com dedicação, mas muitas vezes por conta do trabalho e dos imprevistos que possam ocorrer, a rotina de Nana é adiada por algumas horas,  e isto acarreta em ansiedade. Exemplificando: Todas as tarde Nana gosta de passear e já percebemos que ela aguarda  o dia todo por este momento. Mesmo sem ter muita noção das horas, ela sabe quando chega a hora do passeio, e  se o passeio demora para acontecer o stress e o choro  e a zanga se apresentam. Basta anunciarmos o passeio para que ela instantaneamente mude de humor. As manias também se mostram nas brincadeiras repetidas excessivamente, nas roupas de sua preferência( e ela tem muito bom gosto, podemos dizer... (risos) Notamos também na alimentação, ela não se permite muito provar novos alimentos, e tem preferências por alguns deles.  Temos conseguido sucesso na alimentação contando com a ajuda do irmão mais velho de Nana, nosso filho vini, que a estimula a provar novos sabores. Com Vini ela tem aprendido a provar outros alimentos, que atualmente já fazem parte da sua alimentação. Chamamos esta situações de manias porque percebemos que da mesma forma que aparecem, elas desaparecem; as vezes são meses, outras dias, portanto é importante que encontrem uma forma de lidar com elas para que o stress possa muitas vezes ser contornado. Vou citar uma destas manias da Nana que já  permanece por um bom tempo, digamos que esta mania vai e volta, algumas vezes com maior intensidade. Nana adora seus bichos de pelúcia e suas bonecas, quando sai de casa que levar todas ao mesmo tempo e não adianta querer convencê-la  de levar dois ou três destes brinquedos, porque ela não aceita, e também não adianta escondê-los e dizer que não sabe onde estão suas bonecas e bichos, porque ela vai continuar procurando pode acreditar; e digo mais, ela tem uma memória incrível e lembra de todos os brinquedos que tem, dar nomes a todos eles, e se falta algum já se sabe o que vai acontecer...portanto o melhor mesmo é ajuda-la a organizar todos os que queira levar no carro para que possam ir juntos lhe fazendo companhia. Quando não sabíamos como lidar com isto, deixávamos para  última hora e passávamos boa parte do tempo do passeio catando bonecas e bichos para satisfazê-la. Hoje em dia nos antecipamos e por mais que seja trabalhoso estamos aprendendo a organizar os desejos  que parecem tão fundamentais para ela. Sendo assim o passeio é mais prazeroso para todos! Não é tão fácil tudo isto, mas com perseverança tudo é possível, e para felicidade dela nos esforçamos com muito Amor e Carinho!