09/08/2013

Justiça Eleitoral quer fim de acordo repasse de dados de eleitores à Serasa

Ainda ontem que publicamos aqui no Blog Rua Amarante a notícia de que o TSE possivelmente repassaria dados dos eleitores ao SERASA e para vocês verem o poder que a opinião pública tem, e do alcance da internet em de propagar notícias...em apenas um dia de divulgação e protesto dos meios de comunicação o suposto acordo entre TSE e SERASA foi colocado em pauta para suspensão. Um ponto para os Brasileiros! Mas  precisamos acompanhar de perto o desenrolar deste fato. Fiquem ligados no Blog que prometemos postar todos os detalhes para vocês! VozDoEditor
        
Presidente do TSE quer fim de acordo que permite repasse de dados de eleitores à Serasa              


O Tribunal Superior Eleitoral informaria nome do eleitor, número do título e situação eleitoral - além do nome da mãe, data de nascimento e óbitos. Permitindo cruzamento de dados.  A Presidente do Tribunal Superior Eleitoral quer a suspensão de um acordo polêmico, firmado com uma empresa privada: a Serasa. O contrato prevê o fornecimento de dados de eleitores para a empresa.

Pelo acordo, os dados dos eleitores serão fornecidos a uma empresa privada que administra cadastros de consumidores: a Serasa. Os detalhes foram revelados em reportagem do jornal ‘O Estado de São Paulo’.

O Tribunal Superior Eleitoral informaria nome do eleitor, número do título e situação eleitoral - além do nome da mãe, data de nascimento e óbitos. Permitindo cruzamento de dados.

Hoje, é possível a qualquer pessoa acessar estes dados na página do TSE na internet. Para isso, é preciso ter parte dos dados. Por exemplo: nome, data de nascimento e nome da mãe, para saber domicilio eleitoral de um determinado eleitor.

O que a Serasa queria com o acordo era fazer este cruzamento de dados de uma vez. Sem precisar digitar os dados de cada eleitor.

 Extrato do acordo foi publicado no Diário Oficial da União

 Em troca, a empresa forneceria ao tribunal mil cartões digitais por ano, com validade de dois anos. O cartão é uma tecnologia para identificar funcionários que usam computadores do TSE.

 A presidente do tribunal, ministra Carmen Lúcia, disse que ficou surpresa ao saber do acordo, assinado em julho pela corregedoria do TSE. Segundo ela, o compartilhamento de dados é inaceitável. E recomendou que o contrato seja suspenso e analisado pelo Plenário.

O diretor-geral do TSE, Anderson Vidal, não quis gravar entrevista. Informou que o convênio ainda não está em vigor. Segundo ele, não há irregularidade, porque não haverá transferência de dados. A Serasa só poderia cruzar informações.

Em nota, a Serasa afirmou que não recebeu a base de dados do TSE e que não receberá. Que todas as informações obtidas por ela, através do convênio, são públicas e de natureza cadastral, podendo ser acessadas no site do TSE.

Mesmo assim, o vice-presidente do TSE disse que ficou pasmo com a decisão da corregedoria do tribunal e garantiu que os dados são cobertos por sigilo e só podem ser abertos mediante ordem judicial.

“Eu não conheço essa permissão de consulta ao sítio do tribunal quanto a dados de eleitores que são cidadãos e têm direito à cidadania e a cidadania envolve a privacidade, a privacidade precisa ser preservada”, disse Marco Aurélio Mello, vice-presidente do TSE.



Fonte: G1 portal de Notícias da Globo
         http://www.jb.com.br/

07/08/2013

Justiça Eleitoral repassa dados de brasileiros para a Serasa TSE

Pasmem com esta  Notícia Senhores Brasileiros!
Saiba você cidadão e cidadã brasileira que ao fazer seu recadastramento no TSE poderá também está atualizando seus dados no Serviço de Proteção ao Crédito - SERASA, para que seja utilizado pela empresa durante dois anos caso haja necessidade ! Esclarecendo melhor: Se você tem algum débito junto ao SERASA ele terá acesso ao seu cadastro atualizado,possivelmente fornecido pelo TSE. Para alguns especialistas isto trata-se de violação de privacidade. Mas e então: Nada podemos fazer diante de tal fato, pois precisamos estar regularizados com a Justiça Eleitoral para que possamos ser  considerados cidadãos idôneos e cumpridores dos nossos deveres. Nos resta estão no caso de pendências negociá-las com o Serasa e dormir em paz sem credores batendo a  porta!VozDoEditor 

 
Justiça Eleitoral repassa dados de 141 milhões de brasileiros para a Serasa

Empresa privada que gerencia informações sobre a situação de crédito dos consumidores do País passa a ter acesso a nomes, data de nascimento e até o nome da mãe dos eleitores 

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu repassar informações cadastrais de 141 milhões de brasileiros para a Serasa, empresa privada que gerencia um banco de dados sobre a situação de crédito dos consumidores do País. A medida já está em vigor e afeta praticamente todos os cidadãos com mais de 18 anos, que não terão possibilidade de vetar a abertura de seus dados. O acesso foi determinado por um acordo de cooperação técnica entre o TSE e a Serasa, publicado no último dia 23 no Diário Oficial da União.

Pelo acordo, o tribunal entrega para a empresa privada os nomes dos eleitores, número e situação da inscrição eleitoral, além de informações sobre eventuais óbitos. Até o nome da mãe dos cidadãos e a data de nascimento poderá ser "validado" para que a Serasa possa identificar corretamente duas ou mais pessoas que tenham o mesmo nome.

O acordo estabelece que "as informações fornecidas pelo TSE à Serasa poderão disponibilizadas por esta a seus clientes nas consultas aos seus bancos de dados". Paradoxalmente, o texto também diz que caberá às duas partes zelar pelo sigilo das informações.

Violação da privacidade. Especialistas em privacidade e advogados ouvidos pelo Estado ficaram surpresos com a "terceirização" de dados privados sob a guarda de um órgão público. "Fornecer banco de dados para a Serasa me parece uma violação do direito à privacidade, o que é inconstitucional", disse o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. "O importante é saber que esses dados fazem parte da sua personalidade, e ela é protegida pela Constituição", sustenta.
Mariz acrescentou que, diante do debate internacional sobre o programa de espionagem da agência de segurança nacional dos Estados Unidos, o acordo "pode fazer parte de uma escalada maior de quebra de privacidade" no Brasil.
Autorização. Para Dennys Antonialli, coordenador do Núcleo de Direito, Internet e Sociedade da Faculdade de Direito da USP, o Tribunal Superior Eleitoral precisaria de "consentimento expresso" dos cidadãos/eleitores para poder repassar seus dados a uma entidade privada.
Com a ressalva de que desconhece os termos do acordo, o criminalista Pierpaolo Bottini disse que, em princípio, os dados de eleitores sob a posse do TSE são "protegidos". Ambos os juristas ressaltaram que estas informações podem ser requeridas por um juiz criminal à Justiça Eleitoral desde que sejam julgadas relevantes para uma investigação. De acordo com o Bottini, o fato de ser necessário um mandado para sua liberação indica que os dados não podem ser vendidos.
Defesa. Anderson Vidal Corrêa, diretor-geral do TSE, negou que o tribunal esteja abrindo dados sigilosos. Ele afirmou que itens como nome da mãe ou data de nascimento do eleitor serão apenas validados – ou seja, o órgão dirá à Serasa se a empresa dispõe ou não das informações corretas sobre determinada pessoa. Se o dado estiver incorreto, o TSE não vai corrigi-lo, argumentou Corrêa. O acordo, informou o tribunal, foi autorizado por Nancy Andrighi, corregedora-geral eleitoral.
Como contrapartida pela cessão dos dados, servidores do tribunal ganharão certificação digital (espécie de assinatura eletrônica válida para documentos oficiais) da Serasa, o que facilitará a tramitação de processos pela internet. As certificações, porém, só terão validade de dois anos. 

Fonte:Daniel Bramatti - O Estado de S. Paulo
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