26/11/2014

Autismo - Distúrbios no Sono de Crianças com Autismo

Noites em Claro!
Quem tem filho sabe muito bem o que é passar algumas noites em claro sem dormir, as voltas com o choro das cólicas ou algum possível desconforto por conta do frio, calor ou até mesmo um pouco de manha do bebê querendo um "Colinho", pois tudo isto é extremamente natural que possa ocorrer nos primeiros meses de vida de vida de nossos filhos. 
Mas quem tem filho com autismo ficará sabendo que muitas vezes isto tende a se prolongar, podendo se tornar uma constante na vida diária. Muitos são os fatores que podem desencadear a insônia em pessoas com autismo. 
Vai aqui uma dica de texto sobre o distúrbios no sono do autista. O texto aborda um temática comum nas famílias que tem filhos com autismo. O estudo mostra a relação insônia X autismo, explorando as possíveis causas destes distúrbio e ensinando algumas técnicas que podemos aplicar para melhorar a qualidade do sono de nossos filhos.
Causas de distúrbios do sono em autismo 
Pode haver várias coisas que causam um distúrbio do sono em crianças com autismo. Sempre verifique com seu médico ou  terapeuta para ajudá-lo a descobrir o que pode estar incomodando o seu filho . Muitas crianças autistas são hipersensíveis a estímulos físicos, tais como luz , ruído ou toque. Eles podem ser oprimido por coisas que as crianças típicas tomam por  certo, como fazer compras em uma loja de público , vendo fogos de artifício, ou até mesmo de sair de casa em um dia ventoso .  Uma criança como autismo pode ser facilmente acordado durante a noite pelo menor ruído ou deslocamento de um cobertor.  A melatonina é um hormônio que regula os ciclos de sono. Nas crianças autistas foram encontrados níveis  anormais de melatonina, ou a liberação de melatonina na hora errada durante o dia. As crianças autistas também sofrem de ansiedade em um nível mais elevado do que outras crianças, e ansiedade pode perturbar o sono regular. 
Efeitos de distúrbios do sono 
Os distúrbios do sono podem ter um grande impacto sobre a criança além de torná-los cansados. Perder o sono pode fazer  as crianças se tornarem mais ansiosa ou suscetíveis à depressão , bem como mais agressivo e irritado. Isto agrava os problemas sociais de crianças autistas e torna mais difícil para que eles aprendam a interagir de forma adequada. A falta de sono também pode agravar problemas de comportamento, algo que as crianças autistas têm um problema com uma vez que têm dificuldade em aprender o comportamento apropriado , observando os outros. Estar cansado pode tornar mais difícil para eles para  tentar se lembrar das regras. Eles também podem apresentar maiores problemas de aprendizagem quando se estão exaustos .
Toda criança precisa de uma quantidade um pouco diferente de sono. Em geral, estas são as quantidades necessárias de sono, por idade: 
Idade 1-3 anos: 12-14 horas de sono por dia 
Idade 3-6 anos: 10-12 horas de sono por dia 
Idades 7-12 anos: 10-11 horas de sono por dia 
Tratamentos de Distúrbios do Sono 
Existem várias causas de distúrbios do sono em autismo , existem vários tratamentos .  
  • Para as crianças que são sensíveis a estímulos, um ventilador pode fornecer o ruído habitual para bloquear sons que distraem. 
  • Um cobertor pode fornecer pressão profunda que faz com que seja mais confortável para uma criança para dormir e ficar dormindo. 
  • Uma massagem ou balanço pode liberar a tensão em uma criança ansiosa antes de deitar.
  • A rotina de exercícios curtos também podem ajudar a criança a se acalmar e adormecer mais fácil.
  • Evite dar estimulantes ao seu filho, como cafeína e açúcar, antes de dormir. 
  • Estabeleça uma rotina noturna: dê ao seu filho um banho, leia uma história e coloque-o na cama no mesmo horário todas as noites. 
  • Ajude seu filho a relaxar antes de dormir lendo um livro, dando uma massagem suave nas costas ou ligando uma música suave.
  • Evite televisão, videogames e outras atividades estimulantes antes de dormir. 
  • Para evitar distrações sensoriais durante a noite, colocar cortinas pesadas nas janelas do seu filho para bloquear a luz, instale carpetes grossos, e certifique-se que a porta não range. 
  • A melatonina pode ajudar o corpo de uma criança regular o sono melhor. 
Se você é capaz de gerir melhor o distúrbio  do sono do seu filho autista, você verá que o comportamento dele tende a melhorar durante o dia. Você terá mais energia para ajudar seu filho, como também poderá ver que toda a sua família estará mais descansada e mais  feliz. 
Créditos: http://pt.265health.com/conditions-treatments/autism/1009030968.html#.VHSUbNLF-GU
http://autismobrasil.org/autismo/o-que-fazer/artigos/ajudando-seu-filho-a-obter.html

24/11/2014

Autismo - Porque é tão difícil para mim aceitar que meu filho tem Autismo?


Aceitar e admitir são palavras sinônimas e importantíssimas para quem tem um filho com autismo, ou mesmo qualquer outra síndrome ou deficiência. Porque somente após a aceitação é que você começa a buscar por ajuda, ajudar esta que vai auxiliar no desenvolvimento do seu Filho. É natural que você passe pelo processo da negação, da dor, do sofrimento, mas que este processo seja "passageiro", seja breve, para que você possa voltar a ser feliz buscando a recuperação do seu filho; e até mesmo a cura. Eu particulamente acredito no milagre da cura de minha filha! Todos os dias eu peço a Deus que mantenha minha Fé maior que minha dor! Para que eu possa acompanhá-la rumo esta jornada de seu desenvolvimento. Não deixe que seu sofrimento possa adiar a felicidade do seu filho nem a sua. Também não permita que este desafio que a vida lhe apresentou possa desfazer os laços afetivos que antes eram tão sólidos entre pai e mãe. Sabemos que o stress da vida diária com o autismo, pode ter impacto nas relações  familiares, isto já é previsto em alguns estudos, mas você tem que ir além destas previsões, e superar com sabedoria  e abnegação de mãe e pai. Quando Deus nos dar um filho com Autismo muitas vezes nos perguntamos, por que Eu? Eu me perguntei muitas vezes isto, e ainda hoje em momentos de fraqueza humana me vejo questionando. Nos perguntamos muitas vezes porque não sabemos como lidar com as situações tão inusitadas do universo autista, nos perguntas porque sentimos medo de não sermos capazes de enfrentar o desafio. Mas saiba que nada é por acaso, nada mesmo! Saiba que: Ou você é extremamente capacitado para tal missão especial; ou você estava precisando exatamente deste estimulo para desenvolver sua capacidade de luta, humildade, superação. São todas estas qualidades e outras mais que iremos desenvolver na vivência com o Autismo. E se você ainda estar naquele processo de temer este desafio, eu te digo: Avance sem medo de ser feliz! Não perca esta oportunidade de ser alguém melhor, de lutar por uma causa justa, de descobrir em si um amor incondicional, que vai além dos códigos usuais de comunicação, que tem capacidade de ver isto expressado num simples olhar! Aceitar também significa liberta-se do medo de ser capaz e superar a fraqueza humana e desenvolver a solidariedade por quem mais precisa de nós, nossos filhos tão amados! E também não esqueça que seu filho só será aceito e compreendido neste mundo, se você for o primeiro a aceitá-lo! Plante a semente da conscientização e colha os frutos do amor verdadeiro! Acredite isto faz toda a diferença! 
Texto: HilmaCosta Mãe de Mariana autista atualmente com 3 anos 

Esta é nossa filha Mariana 3 anos, não a rotulamos, mas aceitamos sim que ela tem Autismo, precisando assim de muito Carinho e de uma atenção Especial. Como também admitimos que precisamos muito dela para nossa Felicidade ser completa!   

Autismo - Processo de Aceitação do Diagnóstico do Autismo

Amigos encontrei este texto numa cartilha do ministério da saúde, é um texto meio antigo, mas ao mesmo tempo tão atual que  reflete muito bem o que muitos de nós sentimos diante da descoberta de ter um filho com Autismo. Neles os autores fazem uma explanação deste a importância de aceitarmos o diagnóstico; de como isto será benéfico para nós e principalmente para o desenvolvimento de nossos filhos, como também falam a cerca da abordagem médica no momento do diagnóstico, isto tem um fator diferencial importantíssimo. Leiam! É um texto longo, mas muito proveitoso e essencial para quem estar passando ou já passou por esta fase!
AUTISMO - PROCESSO DE ACEITAÇÃO DO DIAGNÓSTICO: 
 O início do convívio com uma criança autista coloca a família diante de uma realidade que ainda lhe é desconhecida, e que só deixará de sê-la quando esta for capaz de entrar em contato consigo própria; o que significa a aceitação das situações então estabelecidas. É nesse momento que a família se depara com seus próprios preconceitos, que poderão caminhar para a rejeição ou para a aceitação do autismo. Poder aceitar é enxergar a realidade, sendo esse o ponto de partida que possibilitará a criação de instrumentos capazes de interferir e, assim, até modificar a realidade. Do contrário, ficará sempre adiado o contato com o autismo, por ser este por demais doloroso. O conceito de família muitas vezes aprisiona o comportamento da mesma diante de suas dificuldades. Poder criar o seu próprio conceito de convivência familiar deve ser o papel de cada família, de acordo com as demandas de cada membro. Refletir e mudar são ações imprescindíveis para aqueles que buscam a harmonia, pois a cada momento vários são os fatores que interagem e é preciso ter flexibilidade para poder absorver aquilo que pode ser um benefício. À família cabe buscar estar sempre informada e, ao profissional, cabe corresponder a essa expectativa, não somente informando sobre os serviços disponíveis na comunidade, mas também orientando os tratamentos adequados aos pacientes e suas famílias. Isto se aplica às novas terapias, novas medicações e novas instituições. Assim, também deve o profissional auxiliar a família no momento em que se faz necessário interromper ou modificar os tratamentos, objetivando uma mudança para melhor. Para que a família possa ver o autista como um filho, em primeiro lugar, é necessário que tenha entendida que, embora possa haver o esforço da família para proporcionar uma melhor condição de vida, também existe o lado individual e, portanto, pessoal de cada ser humano, e que este interferirá nos resultados, sejam êxitos ou fracasso É preciso que a família se dispa de sua onipotência, de sua necessidade de ficar se penitenciando, ou mesmo buscando um culpado para a situação, porque o futuro esta relacionado não somente aos aspectos individuais, mas também a outros fatores que extrapolam a capacidade da família de controlá-los totalmente. E queira ou não, haverá margem para o imponderável. Unir famílias de autistas nem sempre é tarefa das mais fáceis, pois geralmente estão às voltas com as dificuldades de administrar suas próprias rotinas, normalmente intensificadas pelo desconhecimento em relação ao autismo e seu prognóstico. O profissional precisa ouvir mais a família e buscar, em conjunto com ela, uma solução para cada caso. Nós pais nos deparamos com profissionais que pouco sabem sobre nossas necessidades, nossos conflitos, nossas expectativas e nossos sonhos. O autista faz parte de uma determinada família, que possui características singulares e, para que se possa de fato beneficiá-la, é preciso que os caminhos propostos para ele também acolham a sua família. Precisamos de soluções para nossas dificuldades. Não podemos ficar escondidos em nossas casas, achando que a vida é assim mesmo. A vida será fruto de nossa capacidade de enfrentar as dificuldades, buscando soluções que possam proporcionar uma existência com dignidade. Quanto à nossa dor de termos filhos diferentes, aprenderemos que não conseguiremos extingui-la. De vez em quando, ainda ficaremos tristes. Mas poderemos construir uma vida significativa se nos dispusermos a entrar em contato com os autistas, porque aprenderemos que todo e qualquer relacionamento se baseia no respeito às diferenças, e não na transformação do outro naquilo que ele nunca poderá ser. Aprenderemos a amar os autistas pelo fato deles terem sido escolhidos a vir e a permanecer nesse mundo, ao nosso lado. 
Créditos: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_14.pdf
Autismo: orientação para os pais / Casa do Autista -
Brasília : Ministério da Saúde, 2000. 
Marta Midori Yoshijinna