20/11/2014

Autismo - Meu autista com quem ele vai ficar quando eu não mais estiver aqui.



Como todas as mães de autista eu percorro muitos sites, leio matérias e relatos de outras mães e pais sobre suas lutas e conquistas com os filhos. Vejo que as histórias são muitas e que apesar de cada história ter suas peculiaridades e diferenças, vejo na maioria delas uma constante nos depoimentos. Com quem meu filho vai ficar quando eu não mais estiver aqui? Pois saibam que esta pergunta é bem pertinente. Eu mesma já me fiz inúmeras vezes esta pergunta. A natureza na sua sabedoria divina traz os filhos para aquecer o coração dos pais e consagrar a união do casal, recebemos nossos filhos como um presente de Deus e os cuidamos, e os protegemos com todo amor que jamais imaginaríamos ter, desde o momento que vemos aquele ser tão pequenino dependendo de nós para tudo. Então o amamos e os educamos vida a fora para serem independentes e posteriormente se cuidarem, cuidarem de suas famílias e também quem sabe nos cuidarem quando já não tenhamos tanta juventude quanto antes. Seria assim o que se diz de a Lei natural da "matéria humana". Mas e quando surgi o inesperado, porque sabemos que nenhum de nós espera 9 meses um filho nascer imaginando que Ele tem ou possa ter algumas síndrome ou deficiência, salvo algumas exceções de deficiência antes detectadas por exames laboratoriais durante a gravidez. Já no caso do autismo somos realmente pegos pelo inesperado. Recebemos nossos filhos e aos poucos vamos notando que algo de diferente se apresenta, que algumas situações fogem do nosso controle, além do convencional, e é aí que compreendemos que precisamos de ajuda, que precisamos saber o porque das reações tão inesperadas e inusitadas de nossos Queridos. Alguns pais recebem a notícia do Autismo através dos médicos, mas muitos outros descobrem o Autismo sozinhos em sua busca por respostas. Mas passado este processo da descoberta do que faz seu filho agir diferente, um processo demorado porque principalmente seu filho não "carrega" muitas vezes no rosto nenhum sinal ou estereotipia, mas age de uma maneira fora dos padrões que a sociedade determina para como "Normal". Depois de tudo, depois que você já sabe tirar de letra e se antecipar as reações desconfortáveis que possa deixar seu filho nervoso ou irritado, depois que você aprende a dar amor de forma sobrenatural como jamais imaginaria ser capaz; depois que você descobre como fazer seu filho comer melhor; ter mais qualidade de vida; Depois que você consegue fazer com que os que estão ao teu redor compreendam o que é Autismo e passem a olhar teu filho não mais como uma criança rebelde ou mal educada. Então depois de tudo isto vem um novo processo o da pergunta acima: Com quem meu filho vai ficar quando eu não mais estiver aqui? Seu filho já estar lindo, muitas vezes jovem, adulto superando todas as adversidades e se tornando mais independente; mesmo assim ainda fica "martelado" em nossa cabeça aquela pergunta. E sabe por que? Porque como mencionado antes nós pais nos preparamos para criar os filhos e futuramente ser "criados" por eles, esta é nossa cultura, esta é característica das nossa origem humana. Daí nem sempre estamos preparados para lidar com esta situação, que pode parecer incomum. É da lei da natureza que envelheçamos antes de nossos filhos e que na maioria das vezes a morte nos venha antes deles, porque a natureza divina é sábia, e sabe que um Pai ou Mãe jamais supera a perda de um filho. Portanto que possamos ter fé em Deus e focarmos na recuperação e na cura de nossos filhos, mesmo que muitos nos digam no decorrer desta luta que não existe cura para o Autismo. Devemos viver cada dia buscando esta cura e ensinando nossos queridos a alcançar sua independência neste mundo. Se vamos Partir? Isto é certo! Só Deus sabe o dia e não precisamos ficar triste pensando nisso,  porque se partimos, precisamos pensar assim: Todos partem isto é fato. O que precisamos é viver uma vida que justifique nossa existência. Abrace sua missão de pai, mãe e faça o seu melhor, exitem muitas coisas práticas que você pode fazer para se apoiar, e lhe dar segurança de um futuro garantido para o seu filho. Mas de uma coisa você não pode esquecer, a de que Deus detém em suas mãos todo poder sobre céus e terra, portanto é imprescindível muita Fé e Confiança em nosso Criador! 
Texto de HilmaCosta mãe de Mariana Autista atualmente com 3 anos de idade. 

16/11/2014

Autismo - A Técnica da Antecipação

Os Portadores de Autismo mais precisamente as crianças sofrem de Ansiedade fator comum à síndrome. O texto abaixo mostra como é importante que Nós Pais e Cuidadores possamos aplicar este método de antecipação, pois vai melhorar muito quanto a realização de tarefas e mudanças na rotina do seu filho. Para crianças com Autismo, como para todas crianças as novas experiências e  situações causam um misto de prazer e ansiedade. Para o Autista a ansiedade tende a superar a satisfação e fazer com que o passeio tão desejado ao final possa torna-se em uma crise de stress e desconforto, pois sua mente precisa de um pouquinho mais de tempo para processar e assimilar mudanças no ambiente. O texto lhe dará dicas; mas muita coisa  você terá que desenvolver sozinho e fazer adaptações de acordo com a rotina e a idade do seu filho. 
Acredite vai ser muito positivo! Use da criatividade e da  Sabedoria que Deus vai lhe dar neste momentos. Aqui em casa nós procuramos seguir estas orientações e podemos dizer que na maioria das vezes tem sido um sucesso!
Experimente antecipar as situações pelas quais seu filho terá que passar que a ansiedade dele tende a "estacionar". 
Boa sorte e Bom Exercício com seus Queridos!
   
Técnica da antecipação para diminuir ansiedade de crianças autistas.

Trata-se de uma forma de antecipar a novidade, para que quando ela ocorra de fato a criança já esteja familiarizada e preparada para lidar com ela.
Crianças com autismo possuem um modo particular de processar informações: diante de um fato novo, elas buscam em sua mente alguma imagem correspondente a ele. Se já tiverem se deparado em este fato anteriormente, ao menos uma imagem será encontrada, e elas ficarão tranquilas porque sabem que estão diante de algo pelo qual já passaram antes.
Caso a situação seja nova, entretanto, não encontrarão nenhuma imagem em suas mentes, e por ficarão ansiosas e incomodadas. Uma forma de evitar que o desconforto surja é oferecer-lhes imagens daquilo que elas ainda não conhecem para seu repertório mental.
O recurso da antecipação pode ser usado quando a criança passará por alguma mudança de ambiente, seja por motivo de viagem, visita a parentes e amigos, ou mesmo troca de residência ou de escola.
Mostrar a ela uma fotografia do local, explicando com detalhes o que acontecerá lá – se chegará de carro ou a pé, se tocará a campainha, quem irá atender, o que fará ao entrar no local, as pessoas que deverá encontrar – é também uma forma de explicar-lhe qual é o comportamento esperado dela.
A estratégia pode ser bastante útil na escola, sobretudo naquelas onde as crianças tendem a fazer cada atividade em uma sala diferente, o que pode confundir e perturbar a criança com autismo. Para facilitar e otimizar seu tempo, o professor pode utilizar sinais e senhas em vez de descrever detalhadamente uma imagem. Um exemplo dessa tática é habituar-se a mostrar à criança um cartão com a cor da sala – ou da porta, de uma cortina – onde será desenvolvida a atividade a seguir, por exemplo, antes de levá-la ao local.
Ações rotineiras, mas que não fazem parte do dia-a-dia da criança, como cortar os cabelos em um salão, também podem ser mais tranquilas quando se usa a antecipação. A criança pode ficar incomodada com o ruído do salão ou mesmo com a sensação dos cabelos caindo ao seu redor. Mostrar a ela fotografias de cabelos, tesouras, ou, de preferência, do próprio salão, durante alguns dias antes, ajudará a lembrá-la que o único objetivo daquela visita é ganhar um novo corte de cabelos, o que diminuirá sua ansiedade em relação ao que acontece ao seu redor.
Fonte: Desafiando el autismo/http://saci.org.br