27/10/2014

Autismo Consciência e Aceitação

A poucos dias Mariana foi pré diagnosticada com Autismo. Faltando apenas alguns exames para elaboração do laudo médico.  Levamos mais de 3 anos para concluir esta etapa, porque algumas situações nos impediram no início. Em meio a pesquisas e busca de esclarecimento, de certa forma já sabíamos que o Autismo poderia ser a resposta, como de fato estar sendo comprovado agora. É normal que este diagnóstico passe por um processo de aceitação. Nenhum de nós quando geramos um filho nos preparando para receber a notícia de que ele possa ter alguma deficiência ou síndrome. Mas diante dos fatos não podemos passar a vida negando e lamentando...  Sabemos que nossos filhos nos tem como porto seguro e precisamos dar-lhes esta certeza!
Todos os dias buscamos mais e mais informações para cuidar de nossa filha, para que possamos orientá-la e ajudá-la a desenvolver suas potencialidades. Sempre é bom frisar que: Procuremos estimular nossos filhos o mais cedo possível mesmo antes do diagnóstico. Porque em alguns casos por falta de estímulos pode ocorrer da por parte na criança um certo isolamento. Então não perca tempo, todo tempo no autismo é precioso! Mariana está numa fase linda, fala sem parar e aprendendo a formar frases completas! Achamos isto incrível! E vibramos com cada nova palavra! Estamos encarando de frente a questão do Autismo de nossa filha. Como mencionado o processo lento de conscientização e aceitação muitas vezes é inteiramente natural. Não se chega a esta estágio da noite para o dia. Se você estar passando por isto saiba que não estar sozinho, no Brasil se tem uma estimativa de 2 milhões de autistas com famílias que passam por situações semelhantes, e saiba que somos inteiramente capacitados por Deus para dar conta do recado e cuidar de nossos pequenos. A jornada é longa sabemos, mas a compensação de ver seu filho feliz não tem tamanho!

Autismo Meu Filho é Autista Como Seguir Após o Diagnóstico

Meu Filho é Autista e Agora???

E agora que você vai amá-lo tanto mais ainda, que vai cuidar dele com todas forças e com todo carinho que cuidaria se ele não fosse autista. O Autismo vai lhe mostrar quanto amor você é capaz de dar e talvez não soubesse. Se seu filho já foi ou estar sendo diagnosticado com Autismo, fique firme! Isto não significa que não possa chorar ou se perguntar por que Eu???? Por que todos nós ao nos deparamos com a situação de um filho autista em algum momento , já fizemos esta pergunta... Pode perguntar e aguardar que Deus lhe dará a resposta ao longo do tempo, basta ouvir... Ele com certeza vai estar dizendo: Você é a pessoa certa para cuidar desde anjo. Mesmo você muitas vezes com esta aparente  fragilidade vai saber direcionar seu filho com o todo amor e dedicação. Deposite suas forças em Deus e não meça esforços para ajudar o seu filho. A ciência tem evoluído muito e através disso podemos conscientizar a sociedade para receber nossos autistas . Porque a grande dificuldade mesmo do autista é ser compreendido e aceito. Uma vez conseguido isto tudo se tornará possível. Ame seus filhos como são, que a cada dia eles serão melhores. Isto  vez melhor isto vale para pais de autistas e não autista!

28/09/2014

Autismo - Diagnóstico Aguarde Mas Estimule Seu Filho

Este Post traz abaixo informações sobre como é realizado o Diagnóstico do Autismo. 
Mesmo sabendo que hoje todas estas informações são encontradas facilmente na internet, pois trata-se de um tema médico cada vez mais discutido nos dias atuais, não nos esqueçamos da importância do diagnóstico realizado por um especialista no assunto e de forma convencional. Portanto é muito importante que observem sempre seus filhos e ao perceberem que não estão reagindo dentro dos padrões de desenvolvimento infantil procurem uma opinião médica. Saiba que quanto mais cedo for diagnosticado o Autismo, melhor será para para o seu tratamento e desenvolvimento da criança. Aguardem pelo Diagnóstico e não se frustem na demora, o mais importante é que seu filho tenha um acompanhamento médico, isto vai lhe dar mais segurança e poderá também lhe nortear para que você possa ajudar o seu filho. Nos "Pequenos", digo nos bebês muitas vezes pode ser mais minuciosa a investigação do Diagnóstico podendo ser mais demorado o resultado. Mas convenhamos que nós pais e mães sempre "sabemos e sentimos" quando algo não vai bem com nossos filhos, mesmo desejando sempre o melhor para eles. por isto mesmo antes do Diagnóstico procurem ajudar seus filhos, não limitem-se apenas a esperar pelos resultados da Medicina, porque cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento e nós temos que aproveitar cada segundo deste tempo. Enquanto você Pai ou Mãe aguarda um parecer médico não deixe de estimular seu filho positivamente, e se não souber como fazer isto procure orientação e informações acerca das possíveis causas e comportamento do Autismo. Não fuja do possível Diagnóstico do Autismo e não fique parado aguardando somente pelos médicos, porque os Médicos irão sem dúvida ajudar o seu filho, mas você sempre será peça principal neste quebra-cabeça. Mas seja responsável ajudando de forma consciente; Remédios por exemplo só cabem  aos médicos, neste assunto aguarde pelo diagnóstico para que não prejudique a saúde de seu filho. Quanto aos estímulos são sempre bem vindos as crianças desde bebês, e mesmo que seu filho de imediato não responda aos seus comandos não desista! Muitas vezes é somente uma questão de tempo, mais cedo ou mais tarde você verá o resultado fluir de uma forma tão maravilhosa que sentirá orgulho de ter contribuído tão positivamento para o desenvolvimento e progresso do seu filho. 
   
                
O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta  dos 18 meses de idade. Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo, mas alguns exames,  tais como cariótipo (com pesquisa de X frágil, EEG, RNM e erros inatos do metabolismo), teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos  são necessários para investigar causas e outras doenças associadas. O quadro clínico do autismo, segundo o DSM IV TR (APA, 2002) é: Prejuízo da habilidade social: não compartilham interesses, não desenvolvem empatia e demonstram uma certa inadequação  em abordar e responder aos interesses, emoções e sentimentos alheios; Prejuízo no uso de comportamentos não-verbais como: contato visual direto, expressão facial, postura corporal e com objetos; Dificuldades na interação social: fracasso em vincular-se a uma pessoa específica, não diferenciação de indivíduos importantes  em sua vida, falta de comportamento de apego; Alterações na linguagem: atraso na linguagem falada. Nos que desenvolvem a linguagem adequadamente, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso estereotipado e repetitivo de certas palavras ou frases e emprego da terceira pessoa (inversão pronominal) para falar de suas vontades. Os que aprendem
a ler não apresentam compreensão do que lêem; Alterações de comportamento: padrões restritos de interesse, manipulação sem criatividade dos objetos,  ausência de atividade exploratória, preocupação com as partes de objetos, inabilidade para participar  de jogos de imitação social espontâneos, adesão a rotinas rígidas, presença de maneirismos motores e crises  de raiva ou pânico com mudanças de ambiente; mudanças súbitas de humor, com risos ou choros imotivados, hipo ou hiper-responsividade aos estímulos sensoriais e agressividade sem razão aparente. Comportamentos auto-agressivos, como bater a cabeça, morder-se, arranhar-se e arrancar os cabelos podem ocorrer. Uma proposta de alteração dos critérios do DSM V está online e sugere que para se diagnosticar autismo, estejam presentes as seguintes características: 
Déficits na comunicação social e na interação social: déficit na comunicação não verbal e verbal utilizada para a interação  social, falta de reciprocidade social, incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos com seus pares apropriados  ao seu nível de desenvolvimento. Padrões restritos e repetitivos de comportamento: estereotipias ou comportamentos verbais estereotipados ou comportamento sensorial incomum, aderência a rotinas e padrões de comportamentos ritualizados, interesses restritos. Os sintomas devem estar presentes na primeira infância, mas podem não se manifestar plenamente, até que as demandas sociais 
ultrapassem as capacidades limitadas.

http://www.ama.org.br/site/diagnostico.html

14/09/2014

Autismo - Desafios e Progressos Diários


No Post anterior falamos um pouco sobre Fátima Dourado uma Mãe cheia de amor por seus filhos, e que fez deste Amor sua Vida. Sua Coragem e dedicação aos filhos comove qualquer um que conheça sua história. Doutora Fátima Dourado Parabéns por sua iniciativa inspiradora. 


Nossa experiência como pais de autista não é diferente da experiência de outros pais. Há três anos quando Nana nasceu a vida nos preparou um desafio de Fé e de Esperança. Nossa vida antes nos moldes de um casal comum, passou por adaptações! Concebemos e Recebemos nossa filha com todo o amor do mundo. Lhe ofertamos todos cuidados que um bebê possa necessitar, talvez até mais porque já não eramos pais de primeira viagem e contávamos com experiência. No entanto Nana reagiu de uma forma diferente do esperado. Passamos pela fase crítica e superamos o desconhecido por nós mesmo. Na busca incessante em saber o que incomodava nossa Filha descobrindo o Autismo que temos como suposta resposta, já que Nana ainda não foi diagnosticada. Com o tempo nossa vida foi se moldado com a vida de Nana, pois a princípio esta foi a forma mais fácil que encontramos de lidar com Ela. Nos primeiros dois anos movidos pelo desespero diante do comportamento incomum de Nana tomamos decisões em nossas vidas que até hoje comprometem nossa estabilidade financeira e profissional. Mesmo admitindo isto, em nenhum momento nos arrependemos, pois nossos filhos são nossos bens mais preciosos! Se Eles estão bem estamos bem, também sempre foi este o nosso lema! Podemos dizer que tudo mudou em nossa vida, mas o nosso Amor só se fortalece diante das batalhas que enfrentamos diariamente. Cada progresso de Nana é uma vitória alcançada por toda Família. Somos todos por Nana e Ela por Nós! E o mais importante é o seu sorriso que nos dá a certeza de sua gratidão! Por Ela vamos dormir mais tarde e acordamos mais cedo; por Ela mudamos a alimentação e ficamos mais saudáveis; por Ela não trabalhamos mais fora de Casa para nos dividir em cuidados; por Ela não passeamos tanto quanto antes e assim economizamos mais. E o mais importante por Ela ficamos mais próximos de Deus e Ele de nós. Em nos aproximarmos de Deus Ele tem nos concedido a benção da Cura dia após dia de Mariana!
Se avaliarmos os Progressos e o Sofrimento vivido, porque ainda há dias que sofremos sim com as crises e stress inesperados, chegamos a conclusão feliz de nosso progresso! Sabemos que o caminho é longo e que estamos apenas a alguns passos do início, mas nos encorajamos em primeiro lugar com a força que Deus nos dá, e com vitória diária. Porque aprendemos que o mais importante no Autismo é o que se conquista hoje. Sendo assim nos fortalecemos e nos firmando no propósito de que o amanhã a Deus pertence. 

13/09/2014

Autismo - Fátima Dourado Mãe Coragem

Autismo Exemplo de Mãe Coragem  
Há algum tempo lendo sobre o autismo e pesquisando na Rede informações que possam nos ajudar como conviver com nossa filha Mariana descobrimos a história de vida desta mãe, gostamos de chama-lá de mãe coragem que fez de sua vida sua história. Que soube superar os traumas que a convivência com o autismo possa trazer e fazer de sua experiência um exemplo de luta pela causa do Autismo. Não somente pela causa social que possa trazer benefícios aos portadores de autismo,  mas também a causa pessoal de cada família que possam ver nela uma inspiração e exemplo de superação. Esta mulher merece nosso respeito e que seus projetos sejam justamente reconhecidos. 
Fátima Dourado Em Sua Instituição: Casa da Esperança
http://autismobrasil.org/
Fátima Dourado, cearense 57 anos pediatra e psiquiatra - Mãe de seis filhos - dois dos quais têm autismo - Fátima se deparou com o transtorno numa época em que ninguém sabia do que se tratava. Na psicanálise, a teoria era de  que os autistas eram crianças normais que estavam se refugiando em seu mundo porque tinham um problema de vínculo com a mãe, que chegaram a ser definidas pelo termo “mães-geladeiras”. “Como era o que tinha na época, teve um tempo que eu cheguei a duvidar do meu amor. Onde eu tava amando errado para ter crianças tão lindas que não conseguiam desenvolver a fala?”, lembra Fátima. Nela, não estava o problema e, sim, a solução, ou, pelo menos, a esperança. Quando viu o filho Giordano, hoje com 32 anos, ser rejeitado pela escola por estar dando muito trabalho e a instituição não ter profissionais treinados para atender àquele tipo de adolescente, Fátima decidiu criar a própria escolinha. De oito alunos iniciais, a então pequena escola para crianças com autismo hoje é uma referência nacional no tratamento do transtorno, onde 400 crianças têm assistência total e outras milhares recebem atendimento ambulatorial. 
"Ser mãe é: “É abrir a cabeça e o coração para ajudar outra pessoa no seu desenvolvimento, adotar uma pessoa  do jeito que ela é, com todas as suas possibilidades. Ser mãe, biológica ou não, sempre tem seu lado de adoção. É sempre uma busca de equilíbrio porque não tem uma fórmula pronta entre a proteção e o respeito  às escolhas do indivíduo”.(Fátima Dourado)"
Créditos:http://www.opovo.com.br

05/09/2014

Autismo - Ansiedades e Manias Como Lidar

No Post anterior como diminuir ansiedade abordamos o assunto referente a ansiedade característica nas crianças autistas e também algumas técnicas para ajudar a lidar com esta ansiedade. Claro que não existe receita pronta para lidar com nossos querido autistas, todos eles são diferente, como são diferentes todos os seres humanos com suas características e forma de agir. No autismo chamamos os diferentes comportamentos de Espectro Autista que traduzindo para o popular quer dizer que não existe um autista igual ao outro. Cada um apresenta suas particularidades. Por isto muitas vezes é tão difícil o diagnóstico. Mariana ainda não foi diagnosticada com autismo, mas como todos os pais que observam seus filhos, desde cedo percebemos que ela reagia de uma forma diferente a algumas  situações, digamos que de uma forma inusitada. No decorrer do tempo as ansiedades e manias de Nana tem se apresentado cada vez mais frequente. Quando bebê pouca coisa era notado, porque os bebês não sabem se impor e mostrar tão claramente suas vontades. Sabíamos que havia algo diferente porque como  já mencionamos o choro era frequente e prolongado sem que ela tivesse nenhuma dor ou desconforto. Desde os dois anos percebemos que a ansiedade vem se apresentando de forma marcante no comportamento dela. Como para o autista é também importante um segmento de rotina procuramos fazer isto com dedicação, mas muitas vezes por conta do trabalho e dos imprevistos que possam ocorrer, a rotina de Nana é adiada por algumas horas,  e isto acarreta em ansiedade. Exemplificando: Todas as tarde Nana gosta de passear e já percebemos que ela aguarda  o dia todo por este momento. Mesmo sem ter muita noção das horas, ela sabe quando chega a hora do passeio, e  se o passeio demora para acontecer o stress e o choro  e a zanga se apresentam. Basta anunciarmos o passeio para que ela instantaneamente mude de humor. As manias também se mostram nas brincadeiras repetidas excessivamente, nas roupas de sua preferência( e ela tem muito bom gosto, podemos dizer... (risos) Notamos também na alimentação, ela não se permite muito provar novos alimentos, e tem preferências por alguns deles.  Temos conseguido sucesso na alimentação contando com a ajuda do irmão mais velho de Nana, nosso filho vini, que a estimula a provar novos sabores. Com Vini ela tem aprendido a provar outros alimentos, que atualmente já fazem parte da sua alimentação. Chamamos esta situações de manias porque percebemos que da mesma forma que aparecem, elas desaparecem; as vezes são meses, outras dias, portanto é importante que encontrem uma forma de lidar com elas para que o stress possa muitas vezes ser contornado. Vou citar uma destas manias da Nana que já  permanece por um bom tempo, digamos que esta mania vai e volta, algumas vezes com maior intensidade. Nana adora seus bichos de pelúcia e suas bonecas, quando sai de casa que levar todas ao mesmo tempo e não adianta querer convencê-la  de levar dois ou três destes brinquedos, porque ela não aceita, e também não adianta escondê-los e dizer que não sabe onde estão suas bonecas e bichos, porque ela vai continuar procurando pode acreditar; e digo mais, ela tem uma memória incrível e lembra de todos os brinquedos que tem, dar nomes a todos eles, e se falta algum já se sabe o que vai acontecer...portanto o melhor mesmo é ajuda-la a organizar todos os que queira levar no carro para que possam ir juntos lhe fazendo companhia. Quando não sabíamos como lidar com isto, deixávamos para  última hora e passávamos boa parte do tempo do passeio catando bonecas e bichos para satisfazê-la. Hoje em dia nos antecipamos e por mais que seja trabalhoso estamos aprendendo a organizar os desejos  que parecem tão fundamentais para ela. Sendo assim o passeio é mais prazeroso para todos! Não é tão fácil tudo isto, mas com perseverança tudo é possível, e para felicidade dela nos esforçamos com muito Amor e Carinho! 

02/09/2014

Autismo - Como Diminuir a Ansiedade de Crianças Com Autismo

Quem convive com crianças autistas sabe como é lidar com os momentos  de ansiedade comuns a quem tem a síndrome. Elas criam expectativas em suas mentes que muitas vezes não correspondem ao que planejamos para elas naquele momento. O texto abaixo mostra que isto acorre como uma características do autismo, deixando claro que nem toda criança ansiosa possa ser autista. No texto vemos algumas técnicas de como encontrar um jeitinho para que estas ansiedades  sejam dribladas e amenizadas para uma melhor convivência. Nós gostamos muito das dicas, até porque algumas delas já aplicamos a algum tempo aqui em casa na convivência com Nana; e observamos que realmente funcionam. Leiam e vejam como é interessante! 
Técnica da antecipação para diminuir ansiedade de crianças autistas
Crianças com autismo possuem um modo particular de processar informações: diante de um fato novo, elas buscam em sua mente alguma imagem correspondente a ele. Se já tiverem se deparado em este fato anteriormente, ao menos uma imagem será encontrada, e elas ficarão tranquilas porque sabem que estão diante de algo pelo qual já passaram antes. Caso a situação seja nova, entretanto, não encontrarão nenhuma imagem em suas mentes, e por ficarão ansiosas e incomodadas. Uma forma de evitar que o desconforto surja é oferecer-lhes imagens daquilo que elas ainda não conhecem para seu repertório mental. Trata-se de uma forma de antecipar a novidade, para que quando ela ocorra de fato a criança já esteja familiarizada e preparada para lidar com ela. O recurso da antecipação pode ser usado quando a criança passará por alguma mudança de ambiente, seja por motivo de viagem, visita a parentes e amigos, ou mesmo troca de residência ou de escola. Mostrar a ela uma fotografia do local, explicando com detalhes o que acontecerá lá – se chegará de carro ou a pé, se tocará a campainha, quem irá atender, o que fará ao entrar no local, as pessoas que deverá encontrar – é também uma forma de explicar-lhe qual é o comportamento esperado dela. A estratégia pode ser bastante útil na escola, sobretudo naquelas onde as crianças tendem a fazer cada atividade em uma sala diferente, o que pode confundir e perturbar a criança com autismo. Para facilitar e otimizar seu tempo, o professor pode utilizar sinais e senhas em vez de descrever detalhadamente uma imagem. Um exemplo dessa tática é habituar-se a mostrar à criança um cartão com a cor da sala – ou da porta, de uma cortina –  onde será desenvolvida a atividade a seguir, por exemplo, antes de levá-la ao local. Ações rotineiras, mas que não fazem parte do dia-a-dia da criança, como cortar os cabelos em um salão, também podem ser mais tranquilas quando se usa a antecipação. A criança pode ficar incomodada com o ruído do salão ou mesmo com a sensação dos cabelos caindo ao seu redor. Mostrar a ela fotografias de cabelos, tesouras, ou, de preferência, do próprio salão, durante alguns dias antes, ajudará a lembrá-la que o único objetivo daquela visita é ganhar um novo corte de cabelos, o que diminuirá sua ansiedade em relação ao que acontece ao seu redor.
Fonte:http://meunomenai.com
Imagem: www.blogmamis.com